Carta Para Anacleto




País das Maravilhas, 10 de Agosto de 2007



Querido Anacleto,

Quantas saudades!

Peço desculpa por ter ter deixado sozinho naquele sotão, cheio de poeira, só porque cresci e pensei que já não precisava mais de ti... Que injusta que eu sou!

E logo contigo!

Tu, que me fazias companhia toda a noite, tu que me embalavas até eu adormecer, tu que amparavas as minhas lágrimas, tu que me fazias esquecer o medo do escuro, tu que eras o meu fiel companheiro...

Era a ti que contava os meus segredos, era por ti que eu acordava a meio da noite para me certificar que estavas bem coberto (com medo que apanhasses frio!), eras tu quem eu lavava no tanque (na máquina não, podias ficar tonto de tanto andar às voltas...), era para ti que eu cantava para adormeceres. era contigo que eu tinha o máximo de cuidado para não te estragares e eras tu o único que eu não partilhava com alguém, jamais!

Depois cresci, e estupidamente pensei que já não precisava de ti!

Que tonta... Sabes uma coisa?!

Ainda me fazes falta, muita.

Daqui em diante, prometo não te abandonar mais naquele sotão escuro. Prometo ter-te comigo e guardar-te de forma sagrada.

Olha, para te compensar vou dar-te a outro menino ou menina que te vai tratar com o amor e carinho com que eu te tratei. Um dia serás dos meus filhos, prometo!


Um beijinho da Mamã ou da tua filhota!


2 comentários:

Anónimo disse...

O Anacleto é um sortudo.
Boas Férias.

Julieta

Anónimo disse...

Vejo que estima seu peluche de forma sagrada. Isso é lindo...